Titulo: Coleccao Argonauta 3: A Ultima Cidade da Terra (1954)
Formato(s): CBR Idioma(s): PT-PT Scans: Ruychi Restauro: Ruychi Num. Paginas: 243 Resolucao (media): 1291 x 1890 Tamanho: 78.18MB Agradecimentos: Obrigado ao/a Ruychi pelo trabalho de digitalizacao e tambem ao/a Ruychi pelo restauro! |
Resumo:
Esta é a história de uma cidade dos nossos dias e do seu povo. É a dramática epopeia de uma pequena cidade americana do Oeste chamada Middletown, cujos cinquenta mil habitantes se viram sùbitamente atirados para uma terrível situação, sem precedentes na História da Humanidade. Quando um formidável cataclismo científico os flagela, Middletown e a sua gente vêm-se arrebatados do seu tempo e atirados para um futuro longínquo, quando a Terra já está velha, moribunda, estranha, de há muito abandonada pelos homens.
É esta a história sem precedentes daquele povo; do seu imponente Governador Garris, eternamente político e teimosamente agarrado à sua autoridade inútil e obsoleta; de Johnson, o espavorido electricista; de Hubble, o velho homem de ciência; de Mrs. Adams, cuja maior preocupação se cifra no destino das suas bem cuidadas rosas, que já não dispõem do sol benfazejo que as viceje; da formosa Carol Lane, noiva do moço cientista John Kinston, de súbito com todos os seus sonhos matrimoniais desfeitos por aquele cataclismo que destruiu o tempo e transformou o futuro, que sonhavam risonho, num inconcebível e patente pesadelo.
E todos aqueles habitantes da Última Cidade da Terra - banqueiros, lojistas, operários, donas de casa, velhos e crianças, soldados e artistas, ladrões e sacerdotes, vêem-se todos irmanados no mesmo destino - o mais inconcebível e desesperador exílio no fim do Mundo, no fim de um mundo cujos dias estão contados, pois toda a vida perece, o Sol está apenas morto e as ervas dos campos e os riachos dos vales de há muito secaram numa terra gretada e nua, sobre a qual uiva o vento de um eterno Inverno.
Tornada inóspita a velha cidade de Middletown, exilam-se os seus habitantes em demanda de paragens mais acolhedoras e quentes. Deparam uma imensa urbe, esquisita e estranha, de edifícios belos e imensos, resguardados do frio exterior por vastas e protectoras abóbadas.
Nessa cidade, nem um sopro de vida, mas é evidente que ali, há muitos anos atrás, viveu um povo singular, civilizado e forte, que, todavia, sinal algum deixou de quem era ou para onde partiu.
O moço John Kinston incansàvelmente transmite para o espaço constantes apelos pelo rádio, mas cada vez mais todos se convencem, ante o silêncio que os rodeia, sem captarem qualquer resposta aquelas chamadas, que mais ninguém ficou na Terra para os ouvir. E pertinaz, persistente, lutando contra o desespero e o desânimo, de toda a hora, da misteriosa cidade das cúpulas, sobe ainda periódico o apelo de Kinston: - "Middletown chama! Middletown chama!..."
Silêncio, Mutismo. Nem um som para além daquele deserto enregelado e cor de oca. A noite eterna parecia ter descido sobre aquele último e desgraçado povo da Terra. Até que um dia...
Mas não prejudiquemos o natural interesse com que o leitor da "Colecção Argonauta" desejará conhecer a sorte e o insuspeito destino daquele povo de "A Última Cidade da Terra".
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A Última Cidade da Terra conta-nos a odisseia de um aglomerado populacional do nosso tempo que, devido a catastrófico fenómeno, é projectado, com os seus cinquenta mil habitantes, para além da época presente, mergulhando no futuro longínquo, em que a Terra, envelhecida e moribunda, terá de ser abandonada pelo Homem, em consequência dos cataclismos naturais ou artificiais que hão-de transformá-la numa massa informe e sem vida. Edmund Hamilton antecipa, nesta obra de ficção científica, o choque que poderá vir a registar-se entre os seres humanos de hoje e as criaturas de um futuro longínquo e misterioso, senhores de uma civilização avançadíssima que se estende através dos mundos de mil e uma estrelas e planetas, ainda não atingidas pelo Homem actual.
Autor: Edmond Hamilton (a capa tem uma gralha no nome do autor)
Título original: The City At World's End
1ª Edição: 1951
Publicado na Colecção Argonauta em 1954
Capa: Cândido Costa Pinto
Tradução: José da Natividade Gaspar
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